quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Próximas ações no confronto

A 3 de março de 1897 morre o coronel Moreira César.

A 6 de março é publicada a portaria que nomeia o general-de-brigada Artur Oscar de Andrade Guimarães comandante da divisão de exército a operar então no sertão da Bahia. Consta que o general Artur Oscar, então comandante do 2o Distrito Militar, com sede em Recife, recebeu carta branca do Ministro da Guerra para o desenvolvimento das operações.

A divisão formava-se por 2 colunas:

1a Coluna - Comandante: General João da Silva Barbosa. Composta por 1933 homens:
1a Brigada - Comandante Coronel Joaquim Manuel de Medeiros (tropa: 7.o, 14.o e 30.o batalhões de infantaria)
2a Brigada - Comandante Coronel Inácio Henriques de Gouveia (tropa: 16.o, 25.o e 27.o batalhões de infantaria)
3a Brigada - Comandante Coronel Antonio Olímpio da Silveira (tropa: 5.o e 9.o batalhões de infantaria e 5.o regimento de artilharia de campanha)

2a Coluna - Comandante: General Cláudio do Amaral Savaget. Composta por 2350 homens:
4a Brigada - Comandante: Coronel Carlos Maria da Silva Teles (tropa: 12.o, 31.o e 33.o batalhões de infantaria e uma divisão de artilharia)
5a Brigada - Comandante: Coronel Julião Augusto de Serra Martins (tropa: 34.o, 35.o e 40.o batalhões de infantaria)
6a Brigada - Comandante: Coronel Donaciano de Araujo Pantoja (tropa: 26.o e 32.o batalhões de infantaria e uma divisão de artilharia)

A 2a Coluna contava ainda com a 4a bateria do 5o regimento de artilharia de campanha e um contingente de 50 praças do 1o batalhão de engenharia

Desta vez optou-se proceder ao ataque por duas frentes: a primeira coluna seguindo o roteiro Queimadas - Monte Santo - Canudos, e a segunda coluna, de Aracaju a Jeremoabo e Canudos (consulte um mapa para auxiliar a compreensão).

Houve alguma reorganização da organização das colunas no desenlace do conflito, com a adição de outros batalhões de vários estados brasileiros, que me furtarei a descrever. A exemplo, em final de julho, a Brigada Girard reunia-se em Queimadas com efetivo superior a 1000 homens.

Ou seja, no total, as forças legais necessitaram de efetivo superior a 5 mil homens para cumprir o objetivo de se destruir Belo Monte.

Da nomeação do comando a 6 de março, as tropas da primeira coluna iniciaram a marcha a partir de Monte Santo em 14 de junho de 1897. Demorou a estada da tropa nesta cidade, devido às dificuldades na reunião do contingente e à logística em se conseguir meios (42 carroças, 40 carretas puxadas a bois e número regular de muares e bois mansos) para o transporte de 750 toneladas (!?!?!?!) de munição de guerra e de boca, além do pesado e incômodo canhão 32 Withworth, fora o gado para consumo.

Durante o desenrolar do conflito o aprovisionamento de material para a tropa seguiu um grande problema, razoavelmente remediado com a intervenção direta do Marechal Bittencourt, Ministro da Guerra, que foi pessoalmente gerenciar esse ponto crucial ao desenvolvimento das operações, instalando o ministério em Monte Santo.

O avanço da tropa foi lento, e os primeiros fogos contra os jagunços ao final do mês de junho, nas proximidades de Angicos (1a Coluna) e de Cocorobó (2a Coluna).

O assenhoreamento do arraial pelas tropas legais deu-se a 5 de outubro de 1897, com a morte dos 4 últimos defensores de Canudos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário