domingo, 24 de abril de 2011

IMPERDÍVEL: Lançamento do segundo livro do Renato Lopes




CONVITE

RENATO LOPES e a Direção do MOTOGARAGE

tem a honra de convidar V. Sª. e família para o
lançamento do livro
“De Motocicleta – Pelas carreteras da América do Sul -
 Os 13 países em 63 dias”,
que acontecerá no MOTOGARAGE Botequim,
em Santa Maria.

Data: 27/04/2011
Hora: A partir das 19 h e 20 min até às 23 h e 30 min
Endereço: Rua Floriano Peixoto, quase esquina com Av. Medianeira



Grande notícia!
Quem puder comparecer, não perca a oportunidade de conversar com o autor na noite do lançamento, em Santa Maria - RS.
Nós estaremos lá!

Abaixo transcrevo a mensagem do autor:


Caros amigos(as) e irmãos,


Tenho o prazer de encaminhar o convite para o lançamento do meu novo livro. 
 "De Motocicleta - pelas carreteras da América do Sul"
Venha conhecer essa obra  que leva o leitor a viajar junto com o  autor e objetiva motivar outros viajantes, mostrando que é possível ir um pouco mais longe com segurança.
Solicito a gentileza de divulgar entre seus amigos motociclistas ou não.


Fraterno motoabraço
Renato Lopes
Santa Maria - RS - Brasil
GS 1200 -  BMW - "Possante Plus"
G 650 GS - BMW 

www.renatolopesmotoviagem.com

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Desde dezembro





Vejam que não teve post esse tempo todo.

Highlights do período:

Estava em El Chaltén no período em que o alpinista carioca Bernardo Collares tentava subir o Fitz Roy. Acabou que ele faleceu na tentativa. E começou que naqueles dias o clima estava estranhíssimamente bom e sem as inconstâncias típicas da Patagônia. Ceu azul, azul, azul, um calorão (fui visitar o Glaciar Perito Moreno de bermuda e camiseta), com NENHUM vento, e o Fitz Roy majestoso deixando-se ver de todos os lados sem as habituais nuvens ocultando seu pico. Visão de tirar o fôlego!

E voltando de El Chaltén para El Calafate pude cumprir uma promessa que há muito eu NÃO tinha feito, mas ao cumpri-la foi como se na verdade tivesse prometido e reprometido: parei na estrada, ao lado de um altar da Defunta Correa (se alguém não conhece a história desse mito patagônico é só falar que eu explico depois em outro post) e pude, silenciosamente, depositar uma garrafa de água ao seu altar e, com a mente livre de pensamentos, experimentar a gratidão pela oportunidade de ter vivido tudo o que compartilhei com a Antonela por cada centímetro percorrido através dos milhares de quilômetros que rodamos de MOTO pelas estradas patagônicas austrais, onde o imaginário da Defunta Correa sempre esteve conosco.

"Eu sei que esta narração é muito, muito ruim para se contar e se ouvir, dificultosa; difícil: como burro no arenoso. Alguns dela não vão gostar, quereriam chegar depressa ao final. Mas - também a gente vive sempre somente é espreitando e querendo que chegue o termo da morte? Os que saem logo por um fim, nunca chegam no Riacho do Vento. Eles, não animo ninguém nesse engano: esses podem, e é melhor, dar volta para trás. Esta estória se segue é olhando mais longe. Mais longe do que o fim; mais perto. Quem já esteve no Urubuquaquá?" - João Guimarães Rosa - Cara-de-bronze - No Urubuquaquá, no Pinhém - Corpo de Baile

Parabéns, Bernardo, você chegou ao Riacho do Vento, e seu corpo descansa lá agora. Quem já esteve na Patagônia? [e se sentiu longe de todos, mas longe de todos, e mais perto do seu verdadeiro ser?]

"O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais." - jagunço Riobaldo - Grande sertão: veredas - João Guimarães Rosa