segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A entrevista que não foi ao ar


Retomo um post relacionado ao livro da Antonela: para quem não sabe, minha esposa Antonela escreveu um livro contando a história da nossa viagem pelo Cone Sul até Ushuaia de moto (maiores informações acesse: http://www.motoconesul.com/).

Desde o lançamento, temos recebido inúmeras mensagens dos leitores elogiando o livro. Evidentemente que isso muito nos alegra, nos traz a sensação de dever cumprido (é claro que não fizemos o livro visando retorno financeiro - se assim fosse, estaríamos chorando agora...)

E um dia desses recebemos um convite de um portal de mototurismo para responder a uma entrevista sobre a nossa aventura em duas rodas até Ushuaia. Pois bem, dedicamos um tempo precioso para preparar o material com o carinho que consideramos que as pessoas interessadas na nossa história e no nosso livro mereçam. Só houve um problema: mandamos a entrevista mas ela não foi publicada e não recebemos nenhum contato, nenhuma resposta sequer dos editores do portal.

Convido ao caro visitante do blog que leia a entrevista e poste aqui o motivo pelo qual considera que ela não tenha sido publicada.

De qualquer maneira, como podem ver, de certa maneira ela está publicada agora aqui no nosso blog: clique aqui para ter acesso ao texto em arquivo formato .pdf

[e quem porventura quiser adquirir um exemplar do livro, acesse http://www.motoconesul.com/ ou nos mande um e-mail: mcatania@terra.com.br ou anto74@terra.com.br]

Motociclismo de Endurance - parte III: avacalhando


Já que é para facilitar, aos adeptos da fast food way of life (vide texto do post anterior para entender o que eu quero dizer), nada mais fast que isso: acabo de abrir uma empresa para prestar assistência a quem quer um diploma da IBA para por na parede:
Eu faço todo o planejamento, e na data que o cliente quiser, EU arranjo as testemunhas de saída, o cliente sai do posto após abastecer, vira a esquina e EU pego a moto do cliente, que pode ficar dormindo no carro no posto ou fazer o que quiser, faço todo o percurso (juro que pego todos os comprovantes direitinho), sem carro de apoio, evidentemente, volto para o posto, paro uma esquina antes, ligo para o cliente e zap: ele pega a moto e entra triunfante para o abastecimento final, onde já estarão esperando seus amigos, familiares, gato, papagaio e testemunhas de chegada.

Agora, é escolher a prova: Saddlesore, Bun Burner, Bun Burner Gold, Coast to Coast, Coast to Coast back to Coast, ...

Acham que a minha empresa tem futuro?
[em um mundo onde as pessoas pegam filet mignon para passar no moedor de carne para comer carne moída, uma vez que não está na moda preparar uma boa carne, eu acho que a proposta tem futuro sim]

domingo, 26 de setembro de 2010

Motociclismo de Endurance - parte II: a minha opinião

Cheesecake - Maria Lola Restó - Ushuaia
Essa entrada é para manifestar a minha opinião sobre a participação de interessados em provas de endurance em provas organizadas por empresas, mediante pagamento de taxas.

Como o texto todo ficou longo, disponibilizo neste link (clique aqui) a minha dissertação em arquivo .pdf (Por que não participar de provas organizadas). Seja você novato ou experiente em motociclismo de endurance, invista algum tempo lendo o texto, e poste sua opinião aqui no blog.

Considero a discussão desse assunto muito importante, inclusive para a segurança daqueles que pretendem participam de provas como estas das quais estamos conversando.

Desculpem o texto longo. Mas fiz questão de documentar, em domínio público e de livre acesso, as opiniões descritas. Porque, sem isso, fica só a propaganda dessas empresas que atuam, conforme exposto, de maneira equivocada. Espero que quem porventura se interesse em participar de tais grupos possa ler o que eu escrevi a fim de refletir utilizando-se de argumentos que não serão veiculados na propaganda dessas empresas, evidentemente.

Considero minha obrigação como Iron Butt em divulgar o ideal do Motociclismo de Endurance SEM foco comercial. O ideal que foi disseminado aqui no país por pessoas como Álvaro Larangeira (clique aqui para ler a sinopse de A Arte de Pilotar o Medo, livro do Álvaro), que deixou muitas saudades entre todos nós (infelizmente, faleceu há pouco tempo). Novamente, desculpem o texto longo, mas não podia permanecer calado.

Por que comer em um MacDonalds se você pode optar por comer uma bela refeição, como a que comemos em Ushuaia no Maria Lola Restó, ser mais feliz e aproveitar mais a vida?

Fiquem à vontade para deixar seus comentários.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

E por falar em trocar idéias sobre Motociclismo de Endurance


Criei um grupo de discussão no Yahoo Groups visando agrupar idéias, técnicas e opiniões a respeito do motociclismo de endurance. Para saber mais do grupo:

http://br.groups.yahoo.com/group/ironbutt_brasil/

Acho interessante quem gostaria de ir por esse rumo - motociclismo de longa distância - ter um fórum para trocar idéias e para quem já é cobra escovada no assunto, possa ter um local para aprender com outras cobras, escovadas ou não.

Fica o convite apresentado a todos os amigos MOTOciclistas para fazer parte do grupo Iron Butt Brasil.

Motociclismo de Endurance - parte I


As provas de endurance estão se popularizando por aí...

Você sabe do que se trata?

Existe uma associação americana - a Iron Butt Association - que realiza a certificação de provas de endurance. O MOTOciclista que deseja ser certificado e, por tabela, virar um membro da Iron Butt Association (IBA), precisa cumprir uma das provas estabelecidas pela associação (veja em http://www.ironbutt.com/), preparar a documentação após realização da prova (utilizando-se para isso de critérios de certificação semelhantes aos utilizados no Guiness Book of Records), e aguardar o escrutínio da papelada pela equipe da IBA. Caso a documentação seja aceita em conformidade às normas estabelecidas, você receberá seu número de inscrição na associação e um diploma da prova realizada e, agora,  certificada.

Para citar um exemplo, a "prova de entrada" para a associação, ou melhor dizendo, a prova habitualmente realizada por quem tem interesse em ingressar na IBA é o Saddlesore (tradução ao pé da letra: escara de assento), que consiste em se percorrer pelo menos 1000 milhas (1609 Km) em menos de 24 horas.

Por que alguém dedica tempo e dinheiro nisso não vem ao caso discutir neste post. Mas fato é que cada vez mais motociclistas se interessam e há um número crescente de motociclistas certificados aqui no Brasil.

Quando eu fiz, alguns anos atrás, creio que havia cerca de 20-30 brasileiros certificados. Hoje esse número é muito maior. E mais pessoas sabem da existência da IBA. Muitos acham que ser Iron Butt é algo para se gabar, vêem na certificação algo a ver com a construção de um mito pessoal (vejam bem, eu não vejo a coisa dessa maneira: os ideais da IBA são muito mais nobres do que isso, dê uma olhada no site deles). E cá entre nós, o que não falta por aí é neguinho querendo ser melhor que os outros, e se tem algo que "prova" isso, here we go again...

E nesse incremento de interesse pelo assunto, pela IBA e pelas certificações, na popularização da coisa, espertinho percebeu oportunidade de negócio: o interessado para X reais, recebe as orientações para fazer a prova, é marcada data e horário para a partida, quando em grupos os candidatos a Iron Butt seguem por um roteiro pré-determinado pela empresa organizadora, com carro de apoio (??????? - qual o sentido disso???? fazer uma prova de endurance com carro de apoio?????) e terminada a prova, a empresa se responsabiliza pela preparação e pelo envio da documentação.

Eu tenho opinião muito consolidada a respeito desse "movimento" de pessoas que se agrupam para fazer provas de endurance organizadas por empresas. Mas vou deixar para comentar em outro post.

Por enquanto gostaria que você, leitor, se manifestasse a respeito, inserindo comentários neste post. Quero ter a oportunidade de confrontar  a minha opinião com a de outras pessoas.