sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O retorno

[margens da BR-116 ao norte de Feira de Santana]

"O grande movimento é a volta." - Nada e a nossa condição - Primeiras estórias - João Guimarães Rosa

Bem, chegou o momento de voltar. Sem muitas delongas, voltei pelo mesmo caminho até Governador Valadares e, de lá, ao invés de seguir pela BR-116, segui pela BR-381, direção Belo Horizonte, para daí seguir pela Fernão Dias até São Paulo.

Foram quase 2200 Km, a volta, por esse roteiro, percorrido em 3 dias. Final do primeiro dia parei em Vitória da Conquista. Final do segundo dia parei em João Monlevade. Final do terceiro dia estava em casa. Três dias de setecentos e poucos quilômetros cada um.

O comentário importante do trajeto vai para o trecho entre Governador Valadares e Belo Horizonte, a BR-381, alcunhada pelos mineiros como Rodovia da Morte. Muitas curvas, muitos caminhões, asfalto irregular em vários pontos, sobe-e-desce com curvas o tempo todo. Trecho tecnicamente difícil, perigoso. Cheguei à conclusão que esse caminho não valeu a pena, melhor fazer pelo roteiro que fiz na ida, tudo pela BR-116.

Nas proximidades de Nova Era, antes de chegar a João Monlevade, uma confusão danada: um acidente com carga perigosa (ácido sulfúrico) interrompera completamente o tráfego desde aí até João Monlevade. Peguei um desvio por estradas vicinais passando por São Domingos do Prata: fim de tarde, paisagens bucólicas, muito bonito. Valeu pela confusão... quanta coisa boa pelas quais não esperamos na vida. Não há o que reclamar.

Rodei 5 mil Km em 10 dias. Deu para me sentir um peregrino. Abaixo duas imagens que ilustram a magnitude do deslocamento:


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