[Estátua do Conselheiro - casa do DNOCS - chamada de Pousada do Por do Sol - ao fundo, o Açude de Cocorobó]
Saindo de Monte Santo cedinho, me despedi dessa adorável localidade. Conforme havia dito, era dia de feira. Os quase 40 Km até Euclides da Cunha (antiga Cumbe) por uma estrada remendada mas razoável de rodar com a Haya.
No trevo com a Br-116, sentido norte, até Bedengó, por mais 60 e poucos Km, acompanhando a Serra do Jirau à direita. Desse outro trevo, à esquerda para Cocorobó, ou a atual Canudos, por mais 20 Km em estrada nova e excelente - asfalto lindo e maravilhoso, coisa de Deus... a Haya foi galhardosa, sem estresse nenhum. Pouco mais de 120 Km no total. Moleza...
A BR-235 está já todinha asfaltada, excelente pavimentação, de Cocorobó a Uauá. Aliás, no dia seguinte, fui visitar Uauá - vejam como estão os rios por aqui, a exemplo do Vazabarris antes de chegar ao Açude de Cocorobó, formado pelo represamento de suas águas:
No caminho, o Rio Salobro, com a linha Férrea ao fundo, mais um rio seco:
Como havia comentado aqui, do Vazabarris ao Itapicuru, não há rios perenes.
Para esses lados mais de cá, a Caatinga já não é tão verde como para os lados da Serra de Piquaraçá, onde é cheio de ouricurizeiros, com seus ouricuris, coquinhos que as Araras Azuis de Lear aqui da região, do Raso da Catarina, precisam voar até os lados de Monte Santo para se alimentar. Seu Dedega me disse que é por essas palmeiras que é mais verde por lá... Por aqui onde se olha é a tal da catingueira, ou pau de rato.
Chegando na cidade (Cocorobó, ou Canudos) pergunte pela Casa do DNOCS (Departamento Nacional de Obras contra as Secas), ou pela pousada da Dona Joselene, ou pela Pousada Por do Sol. O lugar não tem nenhuma identificação, além de ficar embaixo da caixa d'água da COBASA, em lugar alto na cidade, acesso por um trecho de terra, com um por do sol lindo de se ver a Serra de Cocorobó, a barragem do açude e suas águas:
Quartos grandes, confortáveis (o melhor de toda a viagem, exceto pelo do Palace Hotel que eu fui ficar em Vitória da Conquista). Cinquenta reais pensão completa, e que fartura de comida! Feita na hora! O por do sol da pousada! De longe, a melhor pedida em Cocorobó/Canudos.
Longas conversas com Dona Joselene. Filha de um casal de jaguncinhos - à época, as assim chamadas crianças sobreviventes da guerra. Morou na Canudos que se seguiu à guerra.
Fiquei sabendo que em outubro há uma romaria em homenagem a Antônio Conselheiro na cidade. Santo para muitos. D. Joselene concorda.
Voltando de Uauá, parei em um mirante que há pouco antes da entrada de Canudos. Bela vista de lá também:
Enfim, objetivo importante cumprido. Eu não sabia se chegaria até aqui. Sigamos com a história do conflito. Guerra fraticida.
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