Hoje deixei Pirapora. Em direção a Guaicuí, pegar o trevo da MG-496, seguindo por Várzea da Palma, Lassance, até o entroncamento com a BR-135. Segui ao sul, tomei o desvio para visitar Morro da Garça, para voltar à BR-135 até próximo a Curvelo, onde segui pela MG-258 até Felixlândia na BR-040, seguindo pela BR até Três Marias.
Chegando a Três Marias, deixei as coisas no Hotel Hebron (bom de simples - tudo o que eu precisava), abasteci e voltei pela BR-040 em direção a Andrequicé (fica a 30 e poucos Km de Três Marias).
A MG-496 está em condições regulares de pavimentação (buracos e irregularidades que a Strom engoliu fácil). A BR-135 eu já tinha comentado, muito boa, só as duplicações das pontes com esquema Pare-Siga. MG-258 também regular, parecido com a MG-496. A BR-040 boa, com alguns desníveis acentuados no acostamento que requerem cuidado.
Os trechos para Morro da Garça e para Andrequicé bem razoáveis.
Em Lassance Carlos Chagas descreveu o ciclo de vida do T. Cruzi (da Doença de Chagas). Lá tem um museu dedicado ao pesquisador (não tive tempo de visitar). Perto de lá morava Diadorim quando adolescente:
"(...) e era um menino bonito, claro, com a testa alta e os olhos aos-grandes, verdes. Muito tempo mais tarde foi que eu soube que esse lugarim Os-Porcos existe de se ver, menos longe daqui, nos gerais de Lassance.
- "Lá é bom?" - perguntei. - "Demais..." - ele me respondeu; (...)"
Muito bonito andar pelos Gerais de Lassance novamente, aos pés da Serra do Cabral.
Depois, em Morro da Garça, ou melhor, bem antes, já se avista o Morro, lá longe. Tipo um sentinela do Sertão (parecido com o Vulcão Licancabur no Atacama). Na cidade de Morro da Garça tem a Casa Da Cultura do Sertão. Muito bem arrumado o espaço de exposição, em uma casa antiga tombada pelo patrimônio histórico. Tive a oportunidade de visitar o espaço. A cidade de Morro da Garça me pareceu pequena, bonita e acolhedora. A cuidadora do espaço demonstrou interesse em ficar papeando com esse peregrino que vos escreve, mais uma conversa enriquecedora.
"Em cada momento, espiava, de revés, para o Morro da Garça, pôsto lá, a nordeste, testemunho. Belo como uma palavra" - O Recado do Morro - No Urubuquaquá, no Pinhém - Guimarães Rosa
Curiosa e coincidentemente, o Morro da Garça fica no centro geodésico de Minas Gerais.
Em Andrequicé, pretendia visitar o Museu do Manuelzão (isso mesmo, o vaqueiro Manuelzão, de Manuelzão e Miguilim exixtiu mesmo, foi o chefe da boiada que o Guimarães Rosa acompanhou em 1952). Infelizmente, o museu estava fechado para reformas tendo em vista a Semana Festa de Manuelzão que se inicia em Andrequicé dia 4 de julho. Fica para a próxima!
[no caminho para Andrequicé extensos eucalipais da Gerdau. Dá até medo! O Manuelzão dizia que eucalipal não era bom, porque acabava com a água das veredas, e porque lá não tinha bicho. Nem cobra nem marimbondo tem em eucalipal, ele dizia]
Visitei a praia da represa de Três Marias e comi um delicioso Surubim no restaurante Rei do Peixe, que fica embaixo da ponte do Rio São Francisco, na BR-040.
Amanhã será um dia especial.
Como o destino/acaso pode mudar inexoravelmente o rumo de uma pessoa?
Como um breve contato com um desconhecido fruto do destino/acaso tem o poder de transformar a essência de um ser?
Existe o destino? Ou somente o acaso? Qual o poder do destino e do acaso?
E sendo destino ou acaso, poderia ser ação de Deus ou do Outro - o figura, o morcegão, o tunes, o cramulhão, o dêbo, o carôcho, do pé-de-pato, o mal-encarado, aquele - o-que-não-existe?
Então aguardem. Até lá, até lá. Até lá!
Chegando a Três Marias, deixei as coisas no Hotel Hebron (bom de simples - tudo o que eu precisava), abasteci e voltei pela BR-040 em direção a Andrequicé (fica a 30 e poucos Km de Três Marias).
A MG-496 está em condições regulares de pavimentação (buracos e irregularidades que a Strom engoliu fácil). A BR-135 eu já tinha comentado, muito boa, só as duplicações das pontes com esquema Pare-Siga. MG-258 também regular, parecido com a MG-496. A BR-040 boa, com alguns desníveis acentuados no acostamento que requerem cuidado.
Os trechos para Morro da Garça e para Andrequicé bem razoáveis.
Em Lassance Carlos Chagas descreveu o ciclo de vida do T. Cruzi (da Doença de Chagas). Lá tem um museu dedicado ao pesquisador (não tive tempo de visitar). Perto de lá morava Diadorim quando adolescente:
"(...) e era um menino bonito, claro, com a testa alta e os olhos aos-grandes, verdes. Muito tempo mais tarde foi que eu soube que esse lugarim Os-Porcos existe de se ver, menos longe daqui, nos gerais de Lassance.
- "Lá é bom?" - perguntei. - "Demais..." - ele me respondeu; (...)"
Muito bonito andar pelos Gerais de Lassance novamente, aos pés da Serra do Cabral.
Depois, em Morro da Garça, ou melhor, bem antes, já se avista o Morro, lá longe. Tipo um sentinela do Sertão (parecido com o Vulcão Licancabur no Atacama). Na cidade de Morro da Garça tem a Casa Da Cultura do Sertão. Muito bem arrumado o espaço de exposição, em uma casa antiga tombada pelo patrimônio histórico. Tive a oportunidade de visitar o espaço. A cidade de Morro da Garça me pareceu pequena, bonita e acolhedora. A cuidadora do espaço demonstrou interesse em ficar papeando com esse peregrino que vos escreve, mais uma conversa enriquecedora.
"Em cada momento, espiava, de revés, para o Morro da Garça, pôsto lá, a nordeste, testemunho. Belo como uma palavra" - O Recado do Morro - No Urubuquaquá, no Pinhém - Guimarães Rosa
Curiosa e coincidentemente, o Morro da Garça fica no centro geodésico de Minas Gerais.
Em Andrequicé, pretendia visitar o Museu do Manuelzão (isso mesmo, o vaqueiro Manuelzão, de Manuelzão e Miguilim exixtiu mesmo, foi o chefe da boiada que o Guimarães Rosa acompanhou em 1952). Infelizmente, o museu estava fechado para reformas tendo em vista a Semana Festa de Manuelzão que se inicia em Andrequicé dia 4 de julho. Fica para a próxima!
[no caminho para Andrequicé extensos eucalipais da Gerdau. Dá até medo! O Manuelzão dizia que eucalipal não era bom, porque acabava com a água das veredas, e porque lá não tinha bicho. Nem cobra nem marimbondo tem em eucalipal, ele dizia]
Visitei a praia da represa de Três Marias e comi um delicioso Surubim no restaurante Rei do Peixe, que fica embaixo da ponte do Rio São Francisco, na BR-040.
Amanhã será um dia especial.
Como o destino/acaso pode mudar inexoravelmente o rumo de uma pessoa?
Como um breve contato com um desconhecido fruto do destino/acaso tem o poder de transformar a essência de um ser?
Existe o destino? Ou somente o acaso? Qual o poder do destino e do acaso?
E sendo destino ou acaso, poderia ser ação de Deus ou do Outro - o figura, o morcegão, o tunes, o cramulhão, o dêbo, o carôcho, do pé-de-pato, o mal-encarado, aquele - o-que-não-existe?
Então aguardem. Até lá, até lá. Até lá!
[quem quiser conhecer Manuelzão, recomendo que assistam:
Nenhum comentário:
Postar um comentário