"Já vivi todos os tipos de sentimentos e de emoções nessa mesa de navegação. Sentado aqui eu penso em meu futuro. O que irá acontecer? Só mesmo Deus sabe. [...] O importante na vida é ter metas. Caso contrário a gente sai por aí dando cabeçadas sem nem saber por quê. Eu, neste momento (ou mesmo quando chegar), não tenho nenhuma. Sempre divago sobre possibilidades, que, afinal - não posso reclamar - são muitas. Mas nada realmente me atrai. Meu Deus, serei sempre um eterno insatisfeito, sempre buscando? [...] Não se pode sair ao mar rumo a lugar nenhum. Não se chega a nada. [...] E aí, Hélio, qual é a próxima (meta)? Esse é o grande problema. Não sei, não sei e não sei."
"Só sei isso: em qualquer outra coisa que fizer, vou sentir muita falta da minha mesa de navegação"
Eu também vivi todos os tipos de sentimentos sentado na minha MOTO. No lombo dela pensei muitas vezes em meu futuro. Vivi o que vivi da maneira como vivi e me embrenhei nas etapas da Expedição Cone Sul (www.motoconesul.com) possivelmente porque já tinha sérias preocupações e insatisfações com a maneira como as coisas iam caminhando. A viagem traz consigo uma grande mudança, mas acho que provavelmente uma grande parte dessa mudança já estivesse bem encaminhada (meio inconscientemente) antes da partida, e com a realização da viagem: aquela gota de catalizador que cristaliza 10 mil litros do substrato da vida. Talvez a mudança tivesse me guiado para a Expedição.
Decidir mudar foi fácil. Viajar, uma consequência. Agora eu também estou seriamente preocupado com as metas futuras (desde o término da Segunda Etapa da Expedição, já mais curtido pela vida), e também sinto uma grande falta da visão do painel na minha MOTO por detrás de alguma estrada / paisagem desconhecidas.
Ou seja, Hélio, onde quer que você esteja, meu amigo, você (d)escreveu os meus sentimentos!
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