Hoje acordei para fazer algo que queria fazer ontem mas não deu tempo e a Matula e as cachaças do Waldomiro não deixaram: visitar o Vale da Lua.
Saindo de São Jorge em direção a Alto Paraíso, caminho bem sinalizado, depois de uns 10 km de terra estacionei a moto e, depois de uma leve caminhada, cheguei ao Vale da Lua. A paisagem explica o nome, belas paisagens com várias piscinas para banho. Dei o meu último mergulho nesse rolê pelo Sertão Goiano.
Como daqui prá casa seriam cerca de 1400 Km, com data de retorno máximo para quarta-feira, resolvi iniciar a volta hoje mesmo. Chegando do Vale da Lua, fiz o check-out na Pousada Trilha Violeta (que vai deixar saudades) e comecei o retorno. Parada em Alto Paraíso para abastecer, calibrar os pneus (que eu tinha murchado para rodar melhor na terra), limpar e lubrificar a corrente. Saí do posto cerca de meio-dia.
Passando São João da Aliança, no meio do NADA, sensação estranha na roda traseira, encostei num lugar esquisito da estrada para checar, não deu outra: pneu traseiro furado.
Com dificuldade, em um local sem acostamento (meio transição da pista com o matagal onde deveria ser o acostamento), coloquei a moto no cavalete central para avaliar o dano: um ROMBO do calibre do meu dedo mínino (quase 1 cm de diâmetro) no pneu.
Com uma fraqueza enorme, peguei o meu kit de reparo de pneus (levei dois, e por sorte, intuição ou seja lá por que motivo, um tinha reparos mais grossos para furos maiores e cola vulcanizante). Limei o furo e inseri o reparo. Cortei o excesso. Peguei o meu cilindro de CO2 para encher o pneu. Moleza!
O único problema é que... o cilindro estava VAZIO! Shit! [tenho ouvido vários relatos de problemas com as válvulas desses cilindros, fui mais uma vítima!]
Pneu reparado sem ter como encher. No meio do nada. Lugar de dar medo. E agora?
Vou ligar para o guincho da seguradora MAS - sem sinal de celular!
Faço sinal e uma pick-up pára. O dono gentilmente me empresta o seu celular para ligar (que tinha sinal, evidentemente) - e no 0800 do Banco do Brasil (nunca mais faço seguro com eles!) me informam que não poderiam mandar socorro por se tratar de dano pneumático. Simples assim eles deixam o segurado, em situação desesperadora, na mão, sem o menor pingo de dor na consciência. Como o celular era emprestado, nem perdi o meu tempo mandando o atendente para onde devia mandar. Afinal de contas, ele devia estar se sentindo bem seguro em uma sala com ar condicionado, no Rio de Janeiro (todos os atendendtes do Banco do Brasil que eu já falei tem sotaque carioca).
Na seqüência, pedi socorro para um caminhão que tinha Rodoar (aquele sistema que enche o pneu dos caminhões em viagem). Foi difícil para adaptar o Rodoar na válvula Schrader do pneu (precisou de um adaptador especial que por sorte o caminhoneiro tinha na caixa de ferramentas). Mas deu certo: sucesso! Pneu reparado e cheio!
Se não fosse o Sr. Ivan, o caminhoneiro, o meu anjo da guarda do dia, eu tava lascado. Olhando para trás agora que deu tudo certo, agradeço ao Altíssimo a ajuda imprescindível do Sr. Ivan, e espero que o Banco do Brasil vá à falência (se depender de mim vai, ô seguradora ruim de assistência) e que o atendente que me largou na mão arda no mármore do inferno. Ou não, uma vez que se ficasse esperando o guincho lá provavelmente ficaria horas parado naquele lugar ermo e inseguro... [na prática, não fez diferença ter ou não ter acesso a socorro mecânico]
Não fosse o Sr. Ivan, eu provavelmente teria que tirar a roda traseira, pegar uma carona, ir até um posto para encher o pneu e pegar uma carona de volta, largando a moto na beira da estrada... Bom, pelo menos assim a moto poderia ser roubada, e pelo menos assim o Banco do Brasil ia se dar mal (ou iam inventar alguma para não me pagar, do jeito que são filhos da p...). Detalhe: posto, só 50 km para trás ou 50 km para frente...
Bem, enfim, pneu reparado, próximo estágio da preocupação: o reparo, naquele furo gigante, vai segurar ????????
[você consegue ver o tamanho do reparo na foto?]
[veja as conclusões de ouro do episódio no próximo post]
sábado, 2 de julho de 2011
Terça-feira: tinha um prego no meio do caminho...
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